A história de Jó é um manual de como o sistema funciona. Um modelo que representa a estrutura da desigualdade. Deus e o Diabo jogam xadrez como velhos amigos, e os inocentes úteis tornam-se mártires de uma piada ruim — uma aposta vulgar entre demiurgos bêbados de presunção.

Aqui, na Terra Média, Jó — com sua fé inabalável na meritocracia — mantém-se leal a um Deus que o trai. Perde tudo o que tem valor real: filhos, família, dignidade. E entrega-se em sacrifício sem sequer saber a placa do caminhão que o atropelou.

Depois, ganha um bilhete, um bombom e um agradecimento pelo grande esforço feito pela firma… Mas agora, sua família já não está mais em casa esperando para comemorar sua “vitória”.

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